FESTIVAL JOÃO D'ALMEIDA
O teatro é vida! O teatro é arte!
O Ribalta criou o festival para trazer mais cultura à nossa comunidade.
Com este festival, o Ribalta pretende dinamizar as atividades teatrais da região, dando a conhecer novas companhias, promovendo o intercâmbio de grupos a nível nacional e com isso proporcionar momentos de lazer, cultura e entretinimento ao público.
Durante o mês de outubro, os sábados à noite estarão recheados de alegria, gargalhadas, diversidade e talento, muito talento. Serão noites de festa! Serão noites de vida! Serão noites cheias de teatro! Viva o teatro!
O FESTIVAL
João D'Almeida
João Esteves de Almeida nasceu no dia 2 de junho de 1920 na Vista Alegre. A sua paixão pela arte de
representar nasceu tinha apenas 9 anos por influência da família, especialmente de seu pai e tios, que eram
atores. A sua íntima relação com esta arte de palco foi inevitável já que o pai o levava frequentemenete a
assistir aos ensaios e quando surguiam personagens da sua idade, era imediatamente convidado a integrar
o elenco. Foram várias as peças de teatro onde desempenhou o papel principal e que o marcaram, entre
as quais” As rosas da nossa senhora” e “cama mesa e roupa lavada”. Pintor cerâmico de primeira, trabalhou a vida toda na Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre, onde chegou a encarregado da secção de pintura.
Concluiu o antigo 5º ano na Escola Comercial e Industria de Aveiro, frequentando as aulas à noite.
Pintou cenários, fez de contra regra, encenador, escreveu quadros de revista, foi ensaiador de
pequenos e graúdos e fez adaptação de peças. Tudo no Grupo de Teatro Ribalta da Vista Alegre.
Foi um dos responsáveis pela fundação do Ribalta. Na década de sessenta teve um convite do
grande ator e empresário Erico Braga para ir trabalhar no Parque Mayer.
PARCEIROS
O Festival de Teatro João d’Almeida, dinamizado pelo Grupo Ribalta, é um projeto cultural que valoriza a herança histórica, social e económica da nossa comunidade.
Esta iniciativa de homenagear o fundador do grupo de teatro na Vista Alegre, através do intercâmbio cultural e artístico de grupos de teatro amador, nacionais e internacionais, evidencia dois aspetos muitos importantes do modo de ser do Grupo Ribalta (e que é também o nosso): a aposta nas pessoas talentosas da nossa terra e o olhar aberto ao mundo.
Este é um excelente exemplo do nosso associativismo, que envolve a comunidade na sua produção cultural, tornando-a autora e protagonista da preservação da sua memória coletiva, partilhando-a com todos.
O palco do Teatro da Vista Alegre, onde as pessoas cantam, dançam e representam, torna-se, sobretudo, um ponto de encontro e de união, onde se celebra o talento, a ousadia, a partilha, a festa e a vida.
Viva o Teatro!
Viva o Grupo Ribalta!
É com elevada satisfação que enaltecemos a realização de mais uma edição do Festival de Teatro João d´Almeida pelo Grupo Teatro Ribalta.
De valorizar tão nobre iniciativa de homenagem ao fundador do Grupo de Teatro da Vista Alegre numa ação promotora de pura arte e repleta de elevado empenho e dedicação dos grandiosos talentos da cultura Ilhavense.
Tamanha iniciativa jamais poderia ser esquecida pela Junta de Freguesia de São Salvador confiando esta todo o seu apoio e reconhecimento dos anteriores, atuais e futuros talentos que tanto dignificam, representam e valorizam a nossa cultura.
No Grupo de Teatro Ribalta continuaremos a depositar toda a certeza da qualidade de trabalho que tanto expressa a nossa cultura através de uma só palavra – Arte.
Quase 200 anos depois do estabelecimento da Fábrica da Vista Alegre em Ílhavo, esta região e as suas gentes continuam a ocupar um papel chave no fabrico e no reconhecimento da qualidade da porcelana Vista Alegre a nível mundial.
Ao longo de muitas gerações formaram-se na empresa pintores, oleiros e técnicos, e decerto a ligação do processo produtivo às artes terá despertado na comunidade local a sensibilidade criativa, reforçada pela existência de infraestruturas de teatro, música, canto, cinema, pintura e até futebol. Atividades que se alimentaram num intercâmbio contínuo entre a Fábrica e o exterior. A comunidade da Vista Alegre assumiu assim um papel determinante na cultura ilhavense, destacando-se como um dos seus principais embaixadores João Esteves de Almeida.
João de Almeida nasceu e viveu no Lugar da Vista Alegre, partilhando laços profundos no Bairro Operário. Ingressa na Escola de Desenho da Fábrica após a conclusão do ensino primário e, ao longo de 54 anos, desempenha as funções de Pintor de Primeira e de encarregado da Oficina de Pintura.
Aos nove anos pisa pela primeira vez o palco do Teatro da Vista Alegre, vindo a tornar-se ator e encenador no Grupo Cénico da Fábrica. Além de deixar uma herança vasta e indelével no património imaterial da empresa, João de Almeida deu voz à comunidade que tanto respeitava. O seu amor pelo teatro não se reduz a uma biografia, continuando vivo em todos aqueles que, na região de Ílhavo, dão continuidade ao seu legado.
O teatro amador é uma escola de cidadãos. No campo da cultura, um dos grandes desafios para o poder local é a promoção da emancipação das comunidades e a criação de dinâmicas cívicas que impelem as comunidades para uma postura mais pró-ativa na promoção do bem estar. Num equilíbrio sempre difícil, um território saudável é aquele que tem referências e está aberto ao mundo e, simultaneamente, cria condições no seu seio para a promoção de práticas artísticas e criativas. Foi com muita satisfação que o 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, recebeu a ideia do Teatro Ribalta para a criação de um festival de teatro amador. Mais do que práticas profissionais, interessa que as pessoas voltem a cantar, dançar e a representar as suas culturas. Que vejam a cultura como uma extensão de si mesmas e o elo da sua comunidade. É importante que as pessoas se sintam representadas e que tenham margem para levar a cabo os seus projetos. Os grupos de teatro amador representam a comunidade e o Ribalta é um exemplo disso. São ponto de encontro e de reunião. Um festival de teatro amador é a festa das comunidades, um desafio maior, que proporciona intercâmbios, novas aprendizagens, viagens e partilha. Ílhavo terá muito a crescer com esta nova iniciativa e estamos certos que vai ser um exemplo de bem fazer. Longa vida ao festival de teatro João D’Almeida!